A outrora poderosa seleção brasileira de futebol encontra-se em meio a uma crise, tanto dentro quanto fora de campo, à medida que os contratempos continuam a se acumular, deixando os torcedores e analistas a braços com as dificuldades atípicas da equipe.
O último golpe ocorreu quando o Brasil não conseguiu se classificar para as Olimpíadas de Paris, encerrando abruptamente sua busca por uma inédita terceira medalha de ouro consecutiva. A parceria dos sonhos entre o prodígio Endrick, de 17 anos, pronto para se juntar ao Real Madrid neste verão, e o experiente Neymar, de 32 anos, foi destruída.
As esperanças eram grandes para o showcase do jovem atacante durante o torneio de qualificação olímpica, mas ele conseguiu marcar apenas dois gols em sete partidas. O Brasil acabou perdendo por 1 a 0 para a arquirrival Argentina na partida decisiva das eliminatórias olímpicas sul-americanas.
O gol de cabeça de Luciano Gondou aos 78 minutos do segundo tempo garantiu a vitória para a equipe sub-23 da Argentina, treinada por Javier Mascherano, deixando o Brasil com a decepção. “É triste, mas é mais uma vergonha”, lamentou o atacante brasileiro John Kennedy. “Deveríamos ter desejado ganhar mais do que ganhamos”.
As eliminatórias olímpicas da América do Sul ofereciam duas vagas, e o Paraguai garantiu a segunda vaga ao lado da Argentina, deixando o Brasil de lado.
Embora o torneio olímpico possa não ter o mesmo peso que a Copa do Mundo ou a Copa América, ficar de fora é uma pílula amarga para a nação louca por futebol engolir, especialmente com a estrela em ascensão Endrick vista como a próxima grande sensação do país.
O fato de não ter se classificado para as Olimpíadas se soma aos recentes problemas do Brasil. Atualmente, a Seleção está em sexto lugar nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da FIFA 2026. Além dos desafios, há a ausência de Neymar devido a uma grave lesão no joelho sofrida em outubro.
O ano passado marcou uma baixa histórica, pois o Brasil perdeu um jogo em casa nas eliminatórias para a Copa do Mundo pela primeira vez, perdendo por 1 a 0 para a Argentina no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. As derrotas subsequentes para o Uruguai e a Colômbia agravaram ainda mais as dificuldades da equipe na competição round-robin.
Esse revés na qualificação olímpica não é a primeira vez que o Brasil fica de fora das Olimpíadas; no entanto, ao contrário dos casos anteriores em 1992 e 2004, esse tropeço se alinha a um declínio mais amplo da equipe nacional e de sua federação.
A outrora formidável força do futebol mundial enfrenta agora um momento crucial, com dúvidas sobre a resiliência e a capacidade da equipe de enfrentar os desafios que estão por vir, incluindo a busca pela classificação para a Copa do Mundo e o eventual retorno de Neymar à plena forma.
À medida que os entusiastas do futebol brasileiro lidam com essa queda inesperada, a jornada da equipe rumo à redenção se torna uma narrativa central, e o mundo do futebol observa atentamente para ver como a Seleção responderá às adversidades nos próximos meses.